quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Governo Dilma desrespeita o controle social mais uma vez


Contra Privatização - [Bruna Ballarotti] A 14ª Conferência Nacional de Saúde aconteceu há menos de 3 meses e já é possível fazermos uma lista de medidas tomadas pelo Governo Dilma e pelo Congresso Nacional que desrespeitam suas deliberações. O maior problema aí não é, obviamente, somente o formal, de desrespeito às instancias do controle social do SUS, mas sim de prioridades. O governo e sua base aliada mostram novamente que seu compromisso é para com o pagamento de juros e para com a "governabilidade", deixando em segundo plano o direito e o bem estar de milhões.
Fonte: Diario Liberdade

Continue lendo >>

Videla: "“Nosso pior momento chegou com os Kirchner”


Em uma entrevista para a revista espanhola Cambio 16, o chefe da última ditadura argentina, Jorge Rafael Videla, reivindicou a chegada dos militares ao poder em 1976 como um "ato de salvação" de um país com “vazio de poder, paralisado institucionalmente e sob risco de anarquia”. Ele enfatizou o apoio prestado pelos empresários e pela Igreja Católica para o golpe e criticou o que chamou de "revanchismo" do casal Kirchner que o colocou atrás das grades para o resto da vida.
Fonte:CARTA MAIOR

Continue lendo >>

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O CAPÍTULO QUE NÃO ENTROU

O clã Sarney não pára com a festa do bumba-meu-boi com nosso dinheiro. Filha de José Ribamar, conhecida à época como Collor de saia, doou R$2 milhões à escola de samba Beija-Flor de Nilópolis.
Diz ela que o ato foi pra propaganda do Estado.
Leia os argumentos da irmã de Fernando Sarney, amigo de Ricardo Teixeira, no site Brasil 247
Palmério Dória vai ter que escrever Honoráveis Bandidos 2. O clã Sarney não pára.

Continue lendo >>

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

COCA-COLA FAZ MAO

Continue lendo >>

PIADA ENTRE TRUMAN E GASPAR DUTRA


"Dutra visita Truman, o presidente que jogou bombas no sobre o Japão, e o povo faz piada: 'How do you do, Dutra?', pergunta o americano,e Dutra: 'How tru you tru, Truman?'. Página 163 de Honoráveis Bandidos

Continue lendo >>

domingo, 19 de fevereiro de 2012

"A TERCEIRA MORTE DE CELSO DANIEL" - Bernardo Kucinski


Celso Daniel foi morto a 10 anos. Muito mistério ainda paira sobre o caso.
Escolhemos um artigo de Bernardo Kucinski publicado na Carta Maior em janeiro de 2002.
A terceira morte de Celso Daniel

A primeira foi a morte física, há um mês. A segunda foi o seu assassinato moral pela imprensa. A terceira foi a morte de sua memória. No aniversário de sua morte, o assassinato e sua impunidade passaram sem registro nos grandes jornais, com a exceção do Estadão, que deu manchete interna: “Um mês. Onde estão ao assassinos de Celso Daniel?”

Investigação tomou rumo errado

Nem mesmo o balanço burocrático da polícia sobre seu trabalho no caso foi registrado pela imprensa. Em um mês e um dia foram tomados 97 depoimentos e feitos 7 retratos falados . A maioria dos depoimentos foi de familiares e amigos de Celso Daniel, sem nenhuma relação com suspeitos. A polícia paulista aproveitou o crime para desencadear uma devassa na vida de Celso Daniel. Ontem ouviram Ronan Pinto, sócio do amigo de Sérgio Gomes, chamado como “testemunha”. Testemunha de que, se ele não testemunhou nada? Perguntou Maria Lídia, na CBN, começando tardiamente a desconfiar que alguma coisa está errada no comportamento da polícia e já bastante incomodada como comportamento de seus colegas. No caso de Toninho, não só não foi esclarecido o crime, como foram fuzilados por um comando da polícia quatro suspeitos de ligação com o caso, que haviam se refugiado em Caraguatatuba, e que poderiam falar. Um caso típico de queima de arquivo.

Não há repórteres de polícia como antigamente

Até hoje, nenhum jornalista teve a iniciativa de investigar a investigação da polícia paulista sobre as mortes de Toninho e Celso Daniel, apesar dos inúmeros indícios de que a polícia tem feito de tudo para não chegar à verdade dos fatos. Será mera coincidência o fato de que quando o crime organizado se tornou questão central, sumiram de cena os grandes repórteres de polícia? Pena Branca já morreu. Caco Barcelos agora dedica-se a reportagens sobre o terceiro setor e Percival de Souza escreve livros duvidosos sobre Fleury, Cabo Anselmo e outros anti-heróis da repressão.

Inércia jornalística

Se não tinham meios para grandes investigações, os repórteres poderiam ao menos entrevistar Luiz Eduardo Greenhalgh, que tem acompanhado as investigações sobre o caso Celso Daniel desde o início, e poderiam fazer um balanço circunstanciado das investigações. Na única entrevista, rapidinha, no Estradão, ele reclama que polícia sequer divulgou os retratos falados dos suspeitos. De que adianta fazer o retrato falado se ele não é divulgado?

Dois seqüestros, duas polícias, duas imprensas

Novas perguntas que os jornalistas não fizeram: por que os retratos falados dos seqüestradores de Washington Olivetto foram imediatamente divulgados e os de Celso Daniel não? Por que as transações bancárias de Celso foram abertas após o seqüestro para se descobrir rastros dos criminosos, que teriam levados seus cartões de crédito, e as de Olivetto não, se dele também levaram os cartões? Por que as polícias uniram esforços no caso Olivetto e não se unem até hoje no caso Celso Daniel? E, principalmente: por que a polícia paulista, muito antes do seqüestro do Celso Daniel, estava fazendo um dossiê sobre ele, conforme informou Frederico Vasconcelos na Folha de S. Paulo?http://www.blogger.com/img/blank.gif

Os nexos entre as várias formas de crime organizado

O jornalismo foi salvo pela entrevista de Marisa Fogato com Sérgio Adorno, um dos especialistas do Núcleo de Estudos da Violência da USP, publicada na página C5 do Estadão da terça-feira. Sérgio Adorno propõe, talvez pela primeira vez, que as últimas manifestações de crime organizado, inclusive os assassinatos de Celso Daniel e Toninho, as bombas e a onda de seqüestros, estão todas conectadas. “Provavelmente é uma rede complexa, com múltiplos interesses agindo de maneiras distintas, vinculada ao crime organizado” . Adorno chama atenção para a entrada nas prisões de novos jovens ligados ao tráfico, com capacidade de estabelecer conexões internas e externas.
Fonte: Carta Maior

Continue lendo >>

CONY E HEIDEGGER. OU HEIDEGGER E CONY?

Continue lendo >>

HISTÓRIA: "GENOCÍDIO GM"


125.000 camponeses se suicidaram como conseqüência da desumana campanha que converteu a Índia em um campo de provas dos cultivos geneticamente modificados.
"Em um povoado que visitei, 18 camponeses se haviam suicidado depois de que as dívidas dos GM os consumiu. Em alguns casos, as mulheres assumiram o trabalho de seus maridos mortos, só para acabar matando-se também.
Latta Arme, de 38 anos, bebeu inseticida quando suas colheitas fracassaram, dois anos depois de que seu marido desaparecesse quando as dívidas GM transbordaram.
Deixou um filho de dez anos aos cuidados de familiares. “Chora quando pensa em sua mãe”, disse a tia da falecida, completamente desolada, sentada à sombra perto dos campos". Andrew Malone
Ler artigo Os Horrores dos Transgênicos no site America Latina em Movimento

Continue lendo >>

DAVID HARVEY NO BRASIL

Continue lendo >>

HONDURAS, REPÚBLICA DAS BANANAS



Honduras também tem seu Pinheirinho nos moldes do governno tucano. Só que em Honduras o protegido é uma empresa estadunidense, a Standard Fruit ou Dole.
Standard Fruit usa o Exército e a Polícia hondurenha para atacar as famílias camponesas.
Em 08 de fevereiro às 6 da manhã mais de 200 soldados armados da Polícia Nacional Hondurenha e o Exército do 15 º Batalhão chegaram com tratores de empresas privadas e camisetas estampadas "Dole". Muitos das tropas usavam coletes à prova de bala com identificação da Polícia Nacional ou militar.
O juiz que acompanhou a forças de segurança para executar a ordem de despejo também vestia um colete com a identificação "Dole".
Leia mais sobre a Standard Fruit e Honduras no blog Honduras Resists

Continue lendo >>

Vila Santo Antônio, o Pinheirinho do PT


Índia Tuíra Caiapó em protesto contra a construção de Belo Monte

"Cacique Raoni chora ao saber que Dilma liberou o início da construção de Belo Monte". blog Arte de Mestre

“Acabaram com todos os nossos laços familiares e com os nossos laços comunitários. Estão todos indo embora e ninguém sabe direito pra onde”, conta o pescador Élio Alves da Silva, enquanto vende os peixes que pescara de manhã aos poucos moradores que ainda restam na vila.

Élio é o único porta-voz de uma das maiores injustiças cometidas pela Norte Energia até então: a desapropriação forçada de cerca de 25 propriedades da comunidade, cuja Associação de Moradores ele preside.

“As indenizações variam entre 9 mil e 60 mil reais”, conta Élio. Quando recebeu sua proposta de desapropriação, o pescador disse ao engenheiro: ‘rapaz, isso tá muito pouco!’. Ele me respondeu, irônico: ‘melhor um pássaro na mão do que dois voando’”

Jornal Brasil de Fato relata o que está acontecendo com famílias que moram próximas ao grande empreendimento do governo.

Continue lendo >>

Michio Kaku, O Profeta


"Kaku disse que em questão de alguns anos, os computadores irão desaparecer, e a internet estará em todos os lugares. Ao invés das máquinas, as pessoas usarão lentes de contato contendo informações importantes. Ao interagir com outras, elas terão acesso a informações pessoais. Até encontrar a alma gêmea será mais fácil, pois caminhando pela rua, você poderá identificar pessoas solteiras, por exemplo. Ao conversar com alguém que fala outra língua, haverá tradução simultânea. Computadores serão flexíveis, finos e baratos, como folhas de papel. E você poderá mudar o layout do seu quarto com um simples pedido. “No início a internet era masculina, era usada na guerra. Hoje em dia é feminina, envolve contato, toque.”
Leia mais no site NOVA-E

Continue lendo >>

DOCUMENTÁRIO SOBRE A COPA DE 2010 NA ÁFRICA DO SUL


Mas o documentário que o jornalista Rudi Boon fez para a holandesa VPRO em 2009, quando os africanos viviam a efervescência do pré-Copa, mostra que podemos estar vivendo uma grande ilusão. O país que recebe o megaevento é mais cenário do que ator, e sua população perde direitos básicos, vigiada até no uso da linguagem: os africanos, por exemplo, não podiam usar o termo Copa do Mundo, nem Copa da África do Sul, ou Copa 2010, nem pintar esses dizeres em camisetas e souvenirs.

As tradições culturais foram instrumentalizadas, a população perdeu espaços coletivos e os produtos comercializados em qualquer local próximo aos estádios eram decididos pela FIFA. Essas regras também fazem parte do acordo do Brasil com a FIFA para 2014. Assista aqui no site APUBLICA o documentário

Continue lendo >>

CONGRESSO EM FOCO ESTÁ VENCENDO


O site vence pedido de indenização por uma funcionária pública do Senado Federal por ter seu salário divulgado.
"O juiz Ruiteberg Nunes Pereira cumpriu a sua missão ao negar um pedido de indenização e indicar que todos os 44 processos deveriam ser aglutinados num só e rejeitados em bloco. Esta é uma decisão que ainda não foi tomada e portanto o caso continua em aberto. Cabe agora a nós fazer a nossa parte, como beneficiários do direito à transparência nos gastos públicos, e impedir que a questão acabe em pizza. Não se trata apenas de rejeitar o pedido de indenização, mas principalmente de impedir que os pagamentos exorbitantes continuem a ser feitos sob o manto protetor do silêncio dos senhores deputados federais e senadores." Observatório da Imprensa

Continue lendo >>

sábado, 18 de fevereiro de 2012

HISTÓRIA DA ORIGEM DAS PALAVRAS "PINGA" E "AGUA-ARDENTE"


Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. 

Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. 
Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. 

O que fazer agora? 

A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.

No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado. 

Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. 
Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. 

Era a cachaça já formada que pingava.
Daí o nome 'PINGA'. 

Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE'.
Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. 
E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.

(História contada no Museu do Homem do Nordeste).
Fonte: blog do GEORGES BOURDOUKAN

Continue lendo >>

SOLDADOS ESTADUNIDENSES USANDO SÍMBOLO NAZISTA


FOTO APARECEU EM SETEMBRO DE 2010
Snipers Scout, Corpo de Fuzileiros Navais mostrado bandeira com insígnia nazista "SS"
Fonte:Blog do Renatão

Continue lendo >>

DILMA SEGUE OS CONSELHOS DE RICARDO TEIXEIRA


Trecho extraído das páginas 35, 36.
"Saco sem fundo, eles parecem. Fernando (filho caçula de Sarney), um dos vice-presidentes da CBF, antes da Operação Boi-Barrica tinha vasta pretensão: chegar a presidência da entidade-mor do futebol brasileiro, sob a benção de Ricardo Teixeira. Todo mundo sabe da grande amizade entre os dois. Ricardo sempre foi presença certa nas comemorações da família Sarney. Imagine o que a dupla vinha maquinando para faturar na Copa de 2014. Construção ou reforma de estádios?Muito pouco. era sintomático que Ricardo Teixeira viesse se batendo pela privatização da Infraero, que toma conta dos aeroportos. Dizia que o país só poderia ser sede de uma Copa padrão de primeiro mundo com aeroportos modernizados. A ideia geral era deixar Carlos Nuzman, presidente do COB, envergonhado com a mixaria que a turma dele faturou no Pan-Americano do Rio em 2007."

Continue lendo >>

ORIGEM DO TERMO "FILHOTE DA DITADURA"


Aderson conta que seu tio, prefeito de Bacabal, segunda maior cidade do Maranhão, recebeu certo dia em seu gabinete um coronel da Casa Militar da Presidência da República a mando de Castelo Branco com a missão de conversar com o prefeito daquela cidade e com o juíz eleitoral.
"Meu tio disse ao coronel que lamentava não poder atender ao marechal, por enquanto. Além de ser de outra facção política, sob o comando do governador Newton Bello, era ligado a ele também por laços de família: uma filha sua era casada com o filho do governador."
Os aliados eram Newton Bello e Renato Archer com o apoio de Victorino Freire.
"O marechal chamou Newton Bello e disse que se ele insistisse na candidatura de Renato Archer, seria obrigado a cassar os dois".
Newton Bello passou o recado ao Renato mas esse disse que era um blefe. Renato rompeu com Bello forçando o tio a lançar outro candidato. Aconteceu o que Sarney queria. O governo se dividiu e ele foi governador do Maranhão em 1965.
"Eis, no nascedouro, por que surgiria mais tarde a expressão "filhote da ditadura"
Trecho do Livro HONORÁVEIS BANDIDOS - Um retrato do Brasil na era Sarney

Continue lendo >>

AUXÍLIO ESPETO


"A pouca vergonha de alguns órgãos no Estado parece não ter fim. Quem está agora jogando a sua imagem no lixo é o Ministério Público de Pernambuco.
Depois de confessar ontem que está pagando Auxílio-Moradia retroativo a alguns de seus membros, hoje foi denunciado pelo Jornal do Commercio mais um escárnio com o dinheiro público proporcionado por aquele que deveria cuidar dele.
O Ministério Público vai pagar R$ 1.068,00 mensais de Auxílio-Alimentação a seus membros. Isso dá mais de R$ 50,00 por dia útil".
Fonte:ACERTO DE CONTAS

Continue lendo >>

COMAYAGUA, 0 GENOCÍDIO




"É preciso por fim imediato às políticas repressivas e violadoras dos direitos humanos, incluindo a prática de colaboração entre os agentes do Estado e os interesses corporativos privados. É preciso responsabilizar os culpados pelos massacres, levá-los a justiça e permitir que o povo hondurenho exerça seu direito a uma sociedade livre e democrática, sem golpes militares nem imposições de modelos econômicos que mantêm a maioria de sua população na pobreza extrema e exclusão política".Trecho da Carta de Manifestação
Fonte: Diario Liberdade

Continue lendo >>

ESSE ANO SERÁ RUIM PARA A LIBERDADE


"As perspectivas para a liberdade são tristes. Os escritores críticos das guerras ilegais de Washington e da subversão da Constituição dos EUA podem ver-se em prisão indefinida, porque as críticas às políticas de Washington podem ser consideradas ajudas aos inimigos de Washington, podendo incluir organizações de caridade que forneçam ajuda às crianças palestinianas bombardeadas e frotas que tentem fornecer ajuda humanitária a Gaza".Paul Craig Roberts
Fonte:ODiario.Info

Continue lendo >>

Mais um exemplo desastroso do neoliberalismo. Agora na Hungria


"A Hungria sofre um colossal retrocesso social e histórico: 1 milhão de desempregados, 2 milhões abaixo do limiar da pobreza, um terço dos trabalhadores recebendo o salário mínimo: 250 euros. Um processo selvagem de desindustrialização e de privatização: o capital estrangeiro domina 75% da economia, com 100% do sector bancário, 85% na indústria e agricultura, 100% na energia. Uma alta brutal nos preços de bens e dos serviços públicos, igualmente privatizados. Os grandes combinados industriais da economia planificada foram substituídos por empresas de no máximo 300 trabalhadores, quando antes eram de cinco mil. Hoje, 58% dos operários húngaros trabalham em empresas com menos de 50 trabalhadores.
E a isto tudo soma-se a direita fascista no poder".
O artigo é de Milton Pinheiro
Fonte:ODiario.info

Continue lendo >>

ENTREVISTA COM MICHEL CHOSSUDOVSKY


Entrevista com Michel Chossudovsky feita pela jornalista Sara Sanz Pinto para o site ODiario.info

"A guerra contra o terrorismo é uma farsa, é uma forma de demonizar os muçulmanos e é também a criação, através de operações em segredo dos serviços secretos, de brigadas islâmicas, controladas pelos EUA. Sabemos disso! Estas forças, ligadas à Al-Qaeda, são uma criação da CIA de 1979. Por isso a guerra contra o terrorismo é apenas um pretexto e uma justificação para lançar uma guerra de conquista. É uma tentativa de convencer as pessoas de que os muçulmanos são uma ameaça e de que estão a protegê-las e para isso têm de invadir países perigosos, como o Irão, o Iraque, a Síria e a Coreia do Norte, que perdeu 25% da sua população durante a Guerra da Coreia, mas, no entanto, continua a ser tida como uma ameaça para Washington. É absurdo! Os americanos são um pouco como a inquisição espanhola. Aliás, piores! O que mais me choca é que os EUA conseguem virar a realidade ao contrário, shttp://www.blogger.com/img/blank.gifabendo que são mentiras e mesmo assim acreditando nelas. A guerra contra o terrorismo é uma mentira enorme, mas todas as pessoas acreditam e o mesmo se passava com a inquisição espanhola – ninguém a questionava. As pessoas conformam-se com consensos e quem assume a posição de que isto não passa de um conjunto de mentiras é considerado alguém em quem não se pode confiar e provavelmente perderá o emprego. Por isso esta guerra é contra a verdade, muito mais séria que a agenda militar. Contra a consciência das pessoas – parece que ninguém está autorizado a pensar. E depois vêm dizer-nos “Ah, mas as armas nucleares são seguras para os civis”. E as pessoas acreditam".Michel Chossudovsky
Fonte:ODiario.info

Continue lendo >>

FLAVIO DINO CONSTRANGE AGNELO EM ENTERRO DE SEU FILHO


Atual presidente da Embratur, Flavio Dino, perde filho de 13 anos por ser mal atendido no precário sistema de saúde do Distrito Federal.
Veja o constragimento que Agnelo passou diante da indignação de Flavio Dino:

"- Não é possível alguém morrer de asma dentro de uma UTI, Agnelo. Esse hospital (Santa Lúcia, de Brasília) matou meu filho. Por que não me mataram? Eu prefehttp://www.blogger.com/img/blank.gifria mil vezes estar naquele caixão no lugar dele."

"- Vou enterrar meu filho sem saber direito por que ele morreu. Você sabia que a necropsia do corpo não foi completa porque tem equipamentos quebrados no Instituto Médico Legal? - perguntou Dino ao governador. Agnelo, que calado estava, calado continuou."

"- Quando meu filho parou de respirar na UTI do hospital, tentaram reanimá-lo, mas o equipamento usado para isso estava quebrado. Providenciaram outro, mas, quando ele chegou, já era tarde."

"Faça pelo menos uma coisa no seu governo: interdite os hospitais de Brasília. Interdite. Vou te ligar diariamente cobrando isso."

Fonte:LiliCarabina

Continue lendo >>

DOCUMENTÁRIO SOBRE A MISSIONÁRIA DOROTHY STANG


Há 7 anos, no dia 12 de fevereiro de 2005, a irmã Dorothy Stang, de 73 anos, foi brutalmente assassinada.
O site Fazendo Media postou documentário que relata o julgamento e os bastidores desse cruel assassinato que tirou a vida da missionária-ativista Dorothy Stang.
Fonte: Fazendo Media

Continue lendo >>

ARAPONGAS FRANCESES EM HOMS


"Enquanto Paris acusa Damasco de ter organizado o assassínio do jornalista da France-Télévisions, Gilles Jacquier, em Homs, uma equipa de jornalistas russos acaba de apresentar uma outra versão diferente dos factos. Segundo o seu inquérito, o senhor Jacquier comandava, sob a cobertura da imprensa, uma operação dos serviços secretos militares franceses que redundou em fiasco. As acusações francesas não passam de uma forma de mascarar a responsabilidade de Paris nas ações terroristas empreendidas para desestabilizar a Síria".
Réseau Voltaire / Moscovo (Rússia) / 17 de janeiro 2012
Fonte:Resistir.Info

Continue lendo >>

A construção naval estadunidense e os vasos chineses, brasileiros e chilenos


"A idéia de que segurança requer a dominação mundial veio com maior facilidade aos planejadores da Guerra Fria, pois seus elementos básicos eram muito familiares. Por toda a história norte-americana, tem sido praxe invocar grandes inimigos prontos a nos esmagar. ” O exagero da vulnerabilidade norte-americana – no sentido mais básico de vulnerabilidade da terra natal norte-americana a um ataque externo direto – tem sido uma característica recorrentes em debates sobre as políticas externa e de defesa norte-americanas por no mínimo cem anos”, salienta o historiador John Thompson; e de fato pode ser recontado muito mais além. A construção naval nos anos de 1880 foi justificada por imagens atormentadas de vasos de guerra britânicos, chilenos, brasileiros e mesmo chineses canhoneando as cidades norte-americanas. A anexação do Havaí foi necessária para rechaçar os ataques britânicos contra os povos continentais que estão absolutamente à mercê de seus cruzadores".página 46
Trecho do livro Novas e Velhas Ordens Mundiais - Noam Chomsky

Continue lendo >>

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

NAJI NAHAS E O PINHEIRINHO


"A revista CartaCapital desta semana mata a charada do Pinheirinho e cria um desafio do qual os grandes diários de circulação nacional não podem escapar, sob pena de lançarem mais uma pá de terra sobre o jornalismo brasileiro".Luciano Martins Costa
Fonte:Observatório da Imprensa

Continue lendo >>

NOVO DOCUMETÁRIO FRANCÊS, "OS NOVOS CÃES DE GUARDA"


"O livro de Halimi foi transformado em documentário e é o filme mais interessante para se ver em Paris atualmente, com o mesmo titulo do livro: “Os novos cães de guarda”. Dirigido por Gilles Balbastre e Yannick Kergoat, com a participação do próprio Halimi no roteiro, o filme poderia ser transporto mecanicamente para o Brasil, a Argentina, a Veneuela, o México, qualquer país latino-americano, apenas mudando os nomes dos http://www.blogger.com/img/blank.gifjornalistas, dos donos das empresas midiáticas e dos supostos especialistas entrevistados, representantes da riqueza e do poder nas nossas sociedades".Emir Sader
Fonte: Carta Maior

Continue lendo >>

LIVRO WHO KILLED CHE?


Livro relata detalhes do envolvimento da CIA na morte do revolucionário Che Guevara

Continue lendo >>

Polícia grega quer prender responsáveis da UE e do FMI



"Uma vez que vocês estão a continuar esta política destrutiva, nós os advertimos de que vocês não podem fazer-nos combater contra os nossos irmãos. Recusamos actuar contra nosso pais, nossos irmãos, nossos filhos ou qualquer cidadão que proteste e exija uma mudança de política", disse o sindicato, o qual representa mais de dois terços dos polícias gregos.
Fonte:RESISTIR.INFO

Continue lendo >>

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Veja e PT unidos pela ordem



“Milhões de brasileiros desconfiam que o ex-deputado Jacques Wagner e o governador Jacques Wagner não são a mesma pessoa. Em 1992, o então deputado apoiou greve da PM baiana idêntica a esta que o agora governador repudia.”

Fonte: Observatório da Imprensa

Continue lendo >>

ANONYMOUS DECLARA GUERRA CONTRA ISRAEL



"Nós somos anônimos.
Nós somos legião.
Nós não perdoamos.
Nós não esquecemos.

Governo de Israel, espere por nós.”

Fonte: Brasil de Fato

Continue lendo >>

sábado, 11 de fevereiro de 2012

ME FODI


Funcionário do governo sério do Dr. Alckimin terá que devolver R$1.500.000,00 para os cofres públicos.
Essa Tucanada gosta de aprontar.
Fonte: Brasil 247

Continue lendo >>

FOTO PREMIADA EM 1983


Como observa Marco Salomão , qualquer semelhança com o Capitão do Mato é mera coincidência.
Fonte: Agencia de Notícias da Favela

Continue lendo >>

Se você contar pra alguém essa história ninguém vai acreditar.


O livro "Mídias, Máfias e Rock´N´Roll" do jornalista Julio Tognoli, tem um capítulo interessantíssimo. Uma juíza se depara com um questão inusitada, decidir se os X-Men são humanos ou não.

Leia o capítulo 4 do livro logo abaixo.

O negócio da China
Omar Kaminski, editor de internet e tecnologia da revista
Consultor Jurídico, advogado especializado em Direito da Informática e
responsável pelo site InternetLegal, informa: a juíza Judith Barzilay, da
Corte Norte-Americana de Comércio Internacional, (U.S. Court of
International Trade), em Nova Iorque, deparou com uma questão
jurídica inusitada. Teve que decidir se os X-Men, os heróis mutantes das
revistas em quadrinhos da Marvel, são humanos ou não.

“Trata-se de uma batalha tributária que já dura seis anos, entre a
Marvel Enterprises Inc. e a alfândega norte-americana (U.S. Customs
Service), segundo apurou Neil King Jr., repórter do Wall Street Journal”,
diz Omar. A decisão, de 32 páginas, deixou os fãs mais ferrenhos da
Marvel atônitos.
“Os famosos X-Men, heróis fictícios que lutam contra o racismo e
a intolerância para proteger um mundo que os teme e odeia, não são
humanos”, decretou a juíza. Tampouco os vilões que brigam com o
Homem Aranha e o Quarteto Fantástico, como o Duende Verde ou o
Mestre dos Bonecos. “São todos criaturas não-humanas”, concluiu a
juíza Barzilay, embora tenha descrito os X-Men como mutantes que
se utilizam “de seus poderes extraordinários e não naturais, para o bem
ou para o mal”.
A Toy Biz, subsidiária da Marvel, especializada na fabricação de
bonecos (ou action figures, como os fãs de barba no rosto preferem
chamar), pressionou a juíza para que declarasse que seus heróis são
“inumanos”. Por quê? Fala Kaminsky: “Assim, a empresa poderia obter
uma tarifação mais branda em bonecos importados da China na
metade dos anos 90. Naquela época, as taxas eram maiores para
bonecas (dolls) do que brinquedos (toys) em geral. De acordo com o
código tributário dos EUA, figuras humanas são bonecas enquanto
figuras representando animais ou ‘criaturas’, como monstros e robôs são
considerados brinquedos”.
Venhamos e convenhamos: as teses de Karl Marx e Gyorgy
Lukacs, o bruxo magiar do marxismo ocidental, estão enterradas. Pelo
menos quando falamos nos conceitos de que os dois tanto gostavam:
reificação e coisificação. A lembrar: pessoas, de tanto trabalhar, viram
coisas. E os objetos, valorizados pelo mercado (o fetiche da
mercadoria, de Marx) ganham o estatuto de pessoas, devidamente
erotizados e “cordializados”.
86
87
Com o barateamento dos preços das quinquilharias, sobretudo
por parte dos Tigres Asiáticos em geral, e da China em particular,
teríamos perdido o tesão de posuir o objeto – enfim, de nos sentirmos
mais “gente” sempre que consumimos, isto é, sempre. O tesão teria
passado do ato da posse do objeto para o ato da compra: portanto um
prazer muito mais volátil.
É daí que os marqueteiros tiraram a idéia de que agora, com o
novo barato, com o novo bag –a quinquilharia chinesa muito mais
barata que a americana – os ambientes em que se dão as compras
devem ser erotizados. E não mais os objetos. Porque as pessoas
comprariam muito mais porcarias, a preços baixos, então o prazer teria
se deslocado para o sacrossantíssimo ato de adquirir algo.
Ninguém viu alguém trocar uma BMW por vinte Fuscas para
ter mais tesão, dirão. Mas que o negócio da China está por aí, está.
Há vinte anos, ouvia-se, quase todo mundo queria “ter” uma livraria.
Mas agora já tem amigo dizendo que gostaria de “morar” numa
livraria.

Continue lendo >>

PRISCO FOI CRIA DO PT


Em 2011 PT apoiou a greve da polícia militar baiana contra o governo de César Borges.
Fonte: Brasil 247

Continue lendo >>

WIKILEAKS: ATUAÇÃO DOS EUA NA SÍRIA




Oposição síria, em 2006, para os EUA:
[Uns] "Sejam mais discretos. Metam os US$ numa mala, e estamos conversados."
[Outros] "Respeitem-nos! Os EUA não querem parceiros na Síria: querem serviçais".

Telegrama 06DAMASCUS760
http://wikileaks.org/cable/2006/02/06DAMASCUS760.html#
Reference ID Created Released Classification Origin
06DAMASCUS760 2006-02-27 09:57 2011-08-30 01:44 CONFIDENTIAL Embassy Damascus

Continue lendo >>

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

NÃO É PRIVATIZAÇÃO O CARALHO




HORA DO POVO

Ministro da Fazenda garante que não haverá mais leilões para privatizar aeroportos no país

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou na quarta-feira (8) que o governo esteja “pensando neste momento em seguir privatizando outros aeroportos como o do Rio de Janeiro (Galeão-Tom Jobim) e de Confins, em Minas Gerais”. “Vamos consolidar aquilo que está sendo feito”, afirmou. A declaração foi feita depois dos diversos “elogios” recebidos das hostes neoliberais e de tucanos como FHC, Mendonça de Barros, Helena Landau e outros, à entrega dos aeroportos e das críticas de setores da base do governo contra a volta das privatizações.


Para ele, “o modelo atual de privatizações é diferente do adotado no governo do presidente Fernando Henrique”. “A nossa concessão é diferente da praticada no governo Fernando Henrique, em que a lei estabelecia que as receitas arrecadadas com concessões e privatizações tinham a obrigação de serem usadas para pagar a dívida pública”, comentou. “A nossa forma de concessão não vai para superávit primário”, esforçou-se o ministro.

Mantega, assim, descartou a possibilidade dos R$ 24,5 bilhões obtidos com o leilão serem usados para reforçar o superávit primário, que é a economia de recursos que o governo faz para pagar os juros da dívida pública. Mas, pelos critérios do Tesouro Nacional, os recursos obtidos nos leilões são registrados como receitas primárias e, em princípio, poderão ser usados para abater os juros da dívida pública.

“Por lei, os recursos têm de entrar na conta única [do Tesouro Nacional], mas irão para esse fundo financiar novos investimentos no setor aeroportuário, principalmente nos aeroportos regionais, que têm rentabilidade menor e não são passíveis de concessão”, prometeu o ministro para logo em seguida acrescentar que os contingenciamentos deste ano serão “da mesma forma do ano passado, com ouhttp://www.blogger.com/img/blank.giftros valores, mas será dentro dos moldes do ano passado”. “Haverá superávit primário cheio e contingenciamento suficiente para gerar esse resultado”, declarou.

O fato é que esses recursos não vão ser destinados para aumentar o superávit primário neste ano de 2012. Até porque, mesmo se a equipe econômica pretender reforçar o superávit primário, isso só poderá ser feito a partir de 2013 porque o edital do leilão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estabelece que a primeira parcela do pagamento só será paga 12 meses depois da assinatura do contrato.


CARTA MAIOR


Privatização: ontem e hoje!
Apesar de haver permanecido durante muito tempo na pauta da agenda autenticamente liberal, a privatização só ganhou espaço e fôlego a partir de meados da década de 1970, quando aquilo que viria a ser conhecido como “Consenso de Washington” começou a realizar seus primeiros esboços.
Paulo Kliass

A surpreendente decisão da Presidenta Dilma em dar seqüência à proposta de privatização da estrutura aeroportuária brasileira reabriu o importante debate a respeito da complexa relação entre as esferas do público e do privado em nosso País.

Para aqueles que se recordam dos termos das polêmicas da campanha eleitoral para presidente em 2010, um ponto de inflexão foi justamente a postura ofensiva adotada pela então candidata do PT contra as propostas de privatização levadas a cabo pelo candidato tucano. Ou seja, votar no Serra era correr o risco da volta ao processo de transferência do patrimônio público ao setor privado. Porém, nada como um dia após o outro. E um ano após a sua posse, o governo Dilma comanda o leilão dos 3 principais aeroportos, cuja gestão até então era de responsabilidade da Infraero – empresa pública do governo federal.

Colocados na defensiva pelo tom inusitado do xadrez político, muitos simpatizantes do governo ensaiaram um discurso rechaçando a acusação e a cobrança de coerência. “De jeito nenhum! Concessão não é privatização!”. Ou então argumentando que os valores dos aeroportos leiloados foram bem superiores aos das empresas privatizadas no passado. Como se a questão ideológica estivesse superada e agora tudo não passasse de se encontrar a melhor forma para se chegar ao “preço justo” para realizar a transação entre o Estado e o capital. O esforço do malabarismo retórico impressiona! Afinal, realmente deve ser um pouco incômodo receber tantos elogios da parte de personalidades que estavam à frente do processo de privatização à época de FHC.

O fato é que o termo “privatização” comporta um conjunto enorme de definições. No entanto, considero que o mais adequado seria abordá-lo no sentido mais amplo, como o verdadeiro “processo de privatização”, que trata das relações entre as esferas do setor público e do setor privado. Apesar de haver permanecido durante muito tempo na pauta da agenda autenticamente liberal, a privatização só ganhou espaço e fôlego a partir de meados da década de 1970, quando aquilo que viria a ser conhecido como “Consenso de Washington” começou a realizar seus primeiros esboços. Ronald Reagan na Presidência dos EUA e Margaret Thatcher à frente do governo britânico foram os grandes patronos das medidas de demonização da presença do Estado na economia. E logo em seguida receberam o providencial apoio dos partidos socialistas recém chegados ao poder na França e na Espanha, que privatizaram boa parte dos respectivos setores públicos. Era o início da ascensão do neoliberalismo.

As empresas estatais e o início da crítica
Aqui por nossas terras, a realidade era um pouco diferente. Durante a fase da ditadura militar, como que por ironia da História (prefiro chamar de necessidades do capital...), a estrutura do Estado na economia se alargou e se aprofundou. Apesar da orientação direitista e conservadora do golpe de 64 e da crença liberal de seus principais formuladores de política econômica, o que se viu foi a continuidade da estruturação de setores estratégicos com forte presença do ente estatal. A energia era dominada pela Petrobrás, Nuclebrás, Eletrobrás e o sistema elétrico com empresas federais e estaduais. A siderurgia tinha como grande vetor a Siderbrás, com as principais empresas como CSN, Cosipa, Usiminas e demais. O sistema portuário era comandado pela Portobrás e suas unidades nas principais cidades do litoral. Na área de estradas de ferro, tínhamos a RFFSA federal e algumas empresas estaduais. No setor de petroquímica e de fertilizantes, o modelo dos pólos - como Camaçari e Cubatão - estimulava a formação de parcerias entre público e privado, por meio da Petroquisa e da Petrofértil. Nas telecomunicações, havia o sistema Telebrás com as operadoras estaduais e a Embratel federal.

No sistema financeiro, havia os bancos comerciais e os de desenvolvimento. De um lado, Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e o sistema dos bancos comerciais dos governos dos estados. De outro, BNDES e os bancos de desenvolvimento regional – BASA e BNB. Na mineração, o carro-chefe sempre foi a Cia. Vale do Rio Doce. Havia empresas de navegação fluvial, como a ENASA da Amazônia e a FRANAVE para o São Francisco. Na aeronáutica, a EMBRAER na produção de aeronaves. O sistema de água e saneamento urbano também sempre foi montado com base em empresas estatais, seja dos municípios seja dos estados.

Porém, apesar dessa aparente contradição, o modelo era bastante funcional ao processo de acumulação do capital. Do ponto de vista político, uma vez que o regime assegurava a exploração da força de trabalho e silenciava os opositores com os instrumentos da repressão. Do ponto de vista econômico, a fase do milagre reservava altas taxas de acumulação e de retorno para o capital privado. As primeiras queixas mais explícitas de representantes do empresariado começaram a surgir a partir da crise do início dos anos 80. Afinal, quando a economia entra em recessão, ninguém quer sair perdendo. O vilão passa, então, a ser identificado no setor público.

O Jornal da Tarde, ligado ao jornal “O Estado de São Paulo”, passa a publicar, em 1983, uma série de reportagens que ficou famosa. Tinha por título “República Socialista Soviética do Brasil” (sic) e buscava confundir de maneira ardilosa a luta pela democracia com a luta contra a presença do setor público na economia. Com comunistas, socialistas e demais representantes das forças progressistas assassinados, torturados, presos, exilados, a matéria tentava passar uma falsa imagem a respeito do projeto político do regime militar.

Através da divulgação exaustiva do suposto “gigantismo” das empresas estatais brasileiras e dos abusos cometidos pela ditadura, o jornal sugeria que a luta democrática pressupunha a saída do Estado na economia. Mas o termo mais utilizado naquele momento era a chamada proposta de “desestatização”. Apesar de um outro nome diferente para reduzir a presença do setor público, a essência da proposta era a mesma de hoje - a “privatização”.

Diferentes modalidades de privatização
As alternativas privatizantes podem ocorrer segundo um conjunto amplo de possibilidades operacionais. A primeira delas é o estereótipo mais evidente e consiste na venda pura e simples da empresa do Estado para os interessados do setor privado. O patrimônio da empresa estatal é transferido para o novo proprietário que paga um valor por tal operação.

Normalmente, o preço de venda deveria refletir o valor atual da empresa, adicionado do fluxo futuro de ganhos esperados. Na prática, porém, quase nunca foi assim. Os preços de venda eram reduzidos e os adquirentes recebiam mil e uma vantagens para a compra, como aceitação de títulos públicos sem liquidez (as chamadas moedas podres), aporte de recursos públicos (como financiamento do BNDES) e outras generosidades (como a participação de fundos de pensão ligados a empresas estatais).

Além disso, a realidade dos processos de privatização contém outras modalidades que não podemos deixar de considerar. As empresas estatais, por exemplo, dividem-se em empresas públicas e empresas de economia mista. No primeiro grupo, o Estado detém 100% das ações. No segundo grupo, há participação de acionistas privados também. A coisa fica mais complicada ainda se levarmos em conta a diferença entre as ações que dão direito a voto e as que não oferecem essa possibilidade. Ou ainda, as ações que dão direito a receber dividendos anuais do lucro da empresa e as que não permitem esse ganho. No caso do setor bancário, por exemplo, a CEF é uma empresa pública e o BB é uma empresa de economia mista.

Para os que agora resolveram fazer uma leitura mais “pragmática” da privatização, o governo poderia transferir até 49% do capital da Caixa sem problemas, pois ficaria tendo maioria no controle. E poderia vender a totalidade das ações ordinárias do BB sem direito a voto e as nominativas no limite de sua posição de majoritário.

Concessão é uma forma de privatização
No caso das concessões, o modelo de privatização é diferente. Não se trata de uma transferência definitiva do patrimônio estatal para o setor privado. E podemos estar face a situações bastante distintas. Um caso é o leilão da concessão de um bem público já em operação por entidade estatal. Outro seria a concessão de uma atividade nova que seria posta em operação pelo setor privado. E aqui a lista de casos para a realidade brasileira recente é enorme.

O governo FHC decidiu por abrir à iniciativa privada (grupos nacionais e estrangeiros) a concessão de exploração de poços de petróleo, o que antes era monopólio da Petrobrás. E esse modelo, antes tão criticado, acabou sendo digerido, absorvido e mantido pelos governos do PT. Está virando moda em todas as esferas da administração pública (federal, estadual e municipal) submeter à concessão da iniciativa privada a exploração econômica de diferentes tipos de serviço de saúde, como hospitais, centros de saúde, entre outros. Os governos estão realizando leilões para concessão a consórcios privados a administração de rodovias, mediante a cobrança de pedágios. Será que apenas por não haver a transferência “para todo o sempre” do patrimônio público para o privado, todos esses exemplos de transação negocial não se caracterizam como privatização? Afinal, se levarmos em conta o tempo médio de vida das empresas no Brasil, os 30 anos da concessão dos aeroportos é mais do que uma eternidade! Quem sobreviver até 2042 certamente assistirá à cerimônia de retorno do patrimônio dos aeroportos à União...

Além disso, a mercantilização dos bens públicos é também uma forma evidente de privatização desses setores. O ensino superior virou um grande negócio para o setor, sem que as universidades públicas tenham sido vendidas. Bastou o governo estimular o crescimento das vagas nas faculdades privadas, seja por programas do tipo PROUNI, seja pelo estrangulamento dos orçamentos da rede das universidades públicas. Tanto é que há hoje grandes grupos estrangeiros operando no ramo de vendas de diplomas de ensino superior por aqui. Já a expansão da rede privada de saúde é estimulada pelo sucateamento da estrutura da saúde pública, via SUS. A transformação da saúde e da educação em mercadorias faz com que esses setores passem a ser tratados segundo a lógica do capital e não aquela do interesse público. E isso significa também um processo de privatização de tais atividades, sem que haja nenhuma venda de empresa estatal.

Não há razão para privatizar
O ponto mais intrigante é a busca das razões que teriam levado o governo da Presidenta Dilma a tal mudança de postura. Afinal, os argumentos favoráveis à privatização podem ser resumidos a 5 tipos:

i) “ideológico puro”: sou contra o Estado na economia, isso é função de empresa privada e ponto final;

ii) ineficiência do Estado: a ação econômica do Estado é sempre ineficiente, em relação ao setor privado. Assim, para que o conjunto dos atores sociais saia sempre ganhando, a solução é privatizar;

iii) necessidade de promover a concorrência: boa parte das empresas estatais opera em setores onde não há concorrência. Abrir à privatização seria uma forma de estimular a eficiência, melhorar os serviços e reduzir as tarifas cobradas do consumidor;

iv) a presença do Estado só se justifica em setores considerados estratégicos e essenciais;

v) necessidade de recursos: o Estado estaria com dívidas elevadas e sem recursos financeiros para cumprir suas missões essenciais. A solução é vender o patrimônio público para o setor privado e usar esses recursos para tais fins.

Assim, vejamos o caso do Brasil de hoje, de acordo com os postulados acima:

i) poucos liberais radicais arriscariam tal opção hoje em dia;

ii) o argumento da ineficiência quase sempre é utilizado de forma oportunista e casuísta. Assim, o esforço deve ser no sentido de aperfeiçoar a gestão da coisa pública e não transferi-la para o setor privado. Caso contrário, a lista das empresas e setores a serem privatizados só deveria aumentar. Na verdade, muitos temem que a Infraero seja um balaio de ensaio para outros experimentos mais “ousados”;

iii) a realidade pós-privatização de teles, energia elétrica, estradas, entre outros, mostra a falácia do argumento. Os serviços são de péssima qualidade, as tarifas elevadas e os setores não permitem uma concorrência do tipo do “mercado da batatinha”. Não gostou dos serviços da companhia de eletricidade? Ótimo, vá então procurar aquele fio no poste lá do outro lado da calçada. O pedágio da estrada está muito elevado? Pode pegar a via esburacada ali ao lado, que ela é de graça. Isso para não mencionar o nível absurdo das tarifas, inclusive na comparação com outros países;

iv) realmente entre os extremos das barracas de frutas na feira e a promoção da segurança pública, há um conjunto amplo de setores que podem ser considerados estratégicos ou não, de acordo com o momento histórico, a realidade de cada país e a opinião de cada indivíduo. Mas, com certeza, a gestão aeroportuária desempenha uma função relevante aqui no Brasil. Afinal, se não fosse assim tão estratégica, por que tanta preocupação com o chamado “caos” aéreo? Por que tanta energia despendida com a busca de uma solução a toque de caixa, a partir de uma simples exigência da FIFA? Além de elementos de segurança nacional (espaço aéreo entre os oceanos Atlântico e Pacífico, espaço de dimensão continental, conexão do território nacional, etc), os aeroportos proporcionam cada vez mais um importante meio de comunicação e transporte em nosso País. É realmente um setor essencial.

v) o Estado brasileiro tem recursos financeiros sobrando. O problema é que quase 50% do Orçamento vão para pagamento de juros e serviços da dívida pública. Apenas a título de comparação: o governo comemorou os R$ 35 bilhões que serão desembolsados em lentas e suaves prestações ao longo de 30 anos pelos consórcios dos aeroportos. Pois a Presidenta, de uma só canetada, cortou R$ 60 bi dos gastos da União em 2012 para gerar o famigerado superávit primário.

Afinal, então, por que privatizar?

Paulo Kliass é Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal e doutor em Economia pela Universidade de Paris 10.


CARTA MAIOR

Privatização dos aeroportos: capitulação surpreendente
Petistas recorrem a argumentos pouco claros e tucanos capitalizam leilão. As concessões não têm base em argumentos objetivos. É pura ideologia em tempos de desmoralização do neoliberalismo e de crise nos países ricos.
Gilberto Maringoni

Belo Horizonte, 28 de novembro de 1999, fim de tarde. A maioria dos delegados eleitos para o II Congresso do Partido dos Trabalhadores aprova uma série de resoluções reunidas no documento O Programa da Revolução Democrática para a construção de um Brasil livre, justo e solidário. Entre elas, uma diz o seguinte:

As privatizações têm representado uma gigantesca transferência de renda do setor público para o privado. Os preços de venda foram aviltantes, muitas vezes financiados com recursos do Estado. Os efeitos sobre o crescimento da economia são inexistentes, com resultados irrelevantes no abatimento das dívidas interna e externa. (...) O PT reafirma sua posição pela suspensão imediata do Programa Nacional de Privatizações.

Nas eleições de 2006, o então candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva literalmente triturou seu oponente Geraldo Alckmin no primeiro debate do segundo turno com uma saraivada de ataques às privatizações. A população entendeu o que estava em jogo, após conviver por anos a fio com serviços de má qualidade e preços altos praticados especialmente pelas concessionárias de energia e telefonia.

Em 2010, utilizando discurso semelhante, a então candidata Dilma Rousseff fulminou seu adversário José Serra no debate da TV Bandeirantes, como se vê neste vídeo.

Acrobacias ideológicas
Pouco mais de um ano após as eleições presidenciais, o governo petista decide privatizar os três mais rentáveis aeroportos do país. Quase 90% do montante a ser desembolsado pelas empresas ganhadoras do leilão serão financiados pelo BNDES. Cenas de empresários e investidores segurando um martelo, que pareciam relegadas a um passado distante, se repetiram diante de telas e páginas da imprensa.

O mercado e a mídia comemoram. E os petistas tentam justificar as acrobacias em suas teses.

Os líderes do partido se esmeram em um admirável contorcionismo verbal para dizer que não é bem assim, que não se vendeu nada, o que aconteceu foi uma concessão, o patrimônio continua público, as tarifas vão cair e que o feito demonstra a confiança que nosso país granjeia diante de um mundo em crise.

O deputado Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara, se superou. Suas palavras foram captadas pelo jornal O Globo: “Uma coisa é privatização no setor de energia, de mineração, outra é tratar de concessão em setores que não são tão importantes, estratégicos para a economia. Os aeroportos não têm valor tão estratégico”.

É impressionante! Para os Estados Unidos, país do liberalismo, os aeroportos são tão vitais que toda a gestão é estatal. E se aqui não têm não têm valor estratégico, para que toda a preocupação com caos aéreo, pane nos serviços durante a Copa e presença do BNDES no leilão?

Caso o pensamento de Maia prospere, estará absolvida a maioria das privatizações dos governos FHC, realizadas sob o regime de concessão e financiadas também pelo BNDES. As desestatizações das empresas de energia, telefonia, saneamento, gás e transportes (ferrovias) foram realizadas através de concessões por tempo determinado.

Nada garante que investimentos virão, como chegou a dizer o deputado José Guimarães (PT-CE), assim como não chegou dinheiro novo para modernizar a rede elétrica e a de telecomunicações. No caso da banda larga, por exemplo, as concessionárias só investirão na ampliação do serviço após uma série de desonerações tributárias patrocinadas pelo governo . Aliás, a experiência recente mostra que as empresas estrangeiras concessionárias de serviços públicos preferem remeter lucros às suas matrizes em dificuldades a colocar recursos nas subsidiárias brasileiras.

Capitulação petista
Mais importante que as filigranas conceituais externadas pelos líderes petistas é a defesa que fazem de uma sólida posição ideológica. A mesma, aliás, brandida pelos dirigentes tucanos.

A concessão dos aeroportos não tem base em argumentos objetivos. O Estado tem dinheiro. Mas 47,19% de seu orçamento é direcionado para o pagamento dos juros e serviços da dívida pública, de acordo com dados da organização Auditoria Cidadã.

Por trás da cessão á iniciativa privada está a velha idéia de que o mercado é superior ao Estado para administrar o que quer que seja. E que precisamos de firmas estrangeiras –superiores a nós - para gerir também o que quer que seja.

Em síntese, volta o mercadismo e o complexo de viralatas.

Esta é a grande disputa feita ao longo dos últimos anos na sociedade brasileira. E é também o grande prejuízo – ideológico, para repetir um conceito tido como fora de moda – cometido pelo governo federal.

O PT confessou com grande alarde uma capitulação às teses de seus adversários. Capitulação inexplicável, por dois motivos: 1. Acontece quando o PSDB vive sua pior crise de rumos e de falta de lideranças e 2. É feita quando as idéias básicas do neoliberalismo são desmoralizadas pela crise européia.

Capitalização tucana
O ex-Ministro das Comunicações do governo FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros, não se deixou levar pelas piruetas verbais dos petistas e capitalizou o ocorrido. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele foi direto ao ponto: “O mais importante desse leilão é que ele marca a volta da privatização como instrumento legítimo e eficiente para aumentar os investimentos na infraestrutura”. E mais adiante, emenda: “A lógica intrínseca dos contratos de concessão é a mesma [do governo FHC]: um grupo privado, explorando os serviços comercialmente segundo seus objetivos de eficiência e lucratividade, mas balizado por regras estabelecidas pela Anac”.

Mais objetiva ainda foi a economista Elena Landau, uma das principais formuladoras das privatizações dos anos 1990, em seu twitter: “Hoje é dia muito importante: o debate sobre privatizações se encerrou... E nós ganhamos”.
O PT cresceu muito, tornou-se o maior partido brasileiro, ganhou as três últimas eleições presidenciais e provavelmente ganhará a próxima.
Mas entregou os pontos na batalha das idéias.
Gramsci chamava isso de “transformismo”.
Seja o que for, é triste.

Gilberto Maringoni, jornalista e cartunista, é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de “A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” (Editora Fundação Perseu Abramo).



CHICO ALENCAR- CONGRESSO EM FOCO

Muita comemoração pela privatização dos três primeiros aeroportos brasileiros. Na mídia grande, unanimidade. No plano político, tucanos celebram a rendição do PT ao modelo antes tão criticado. E petistas – já sem se avexar por contrariar, mais uma vez, o discurso de campanha – dizem que ‘não é bem assim’…

O que será, na verdade? A porta para a melhoria efetiva do serviço à população viajante – não apenas em função da Copa de futebol – está aberta? O voo privatista dos espaços de pouso da aviação civil terá turbulências ainda não mencionadas, pois suas ‘escalas’ são de alto risco. Eis algumas:

1) O grande avalista da privatização é o dinheiro público, com o BNDES financiando os consórcios privados em obras, máquinas e equipamentos. Fundos de pensão de estatais – como Previ, Petros e Funcef – também entraram no negócio. Não seria melhor garantir recursos para a própria Infraero, que, por sua natureza, está sob mais controle da sociedade?

2) Os consórcios privados pagarão os ‘admiráveis’ R$ 24,5 bilhões não de imediato, mas ao longo de 12 a 20 anos, e só começarão a quitar a ‘concessão’ em meados de 2013;

3) Empresas privadas têm, como é de sua natureza, compromisso prioritário com o lucro, e não com o bem estar dos usuários;

4) Os ágios pagos revelam, sobretudo, que o governo subestimou os valores dos aeroportos – construídos, aliás, com recursos públicos;

5) Guarulhos ficará com um grupo transnacional cujo principal operador é uma empresa da África do Sul; Viracopos, com uma francesa; Brasília, com uma argentina. Detalhe relevante: o histórico dessas empresas no setor de modernização e administração de aeroportos não é nada significativo;

6) Os aeroportos privatizados são os mais rentáveis do Brasil. A Infraero, que administra 66 dos 130 aeroportos do Brasil, trabalha com dimensão federativa, em sistema interligado. Coloca recursos derivados dos mais rentáveis para outros com precariedades. Os consórcios privados que controlarão os três grandes – 30% dos voos de passageiros, 57% dos de carga – não têm qualquer compromisso com a malha geral do Brasil;

7) Os recursos da privatização vão para o Fundo Nacional da Aviação Civil. Mas, como reza a lei 1193 de 2009, podem ser destinados para o superávit primário voltado ao pagamento de juros e serviços da dívida, que consumiram, ano passado, 45,5% do Orçamento da União;

8) As empresas de aviação já anunciam aumento das tarifas aéreas: o que tende a acontecer é que a privatização, cuja justificativa é a melhoria dos terminais, venha a reduzir a demanda de usuários, ao tornar tudo mais caro nos “aeroshoppings” e embarques;

9) Em todos os países do mundo, os aeroportos – e não só os de bases militares – são espaços importantes na defesa da soberania nacional, que ficará agora, no Brasil, refém dos interesses negociais transnacionais;

10) Paulatinamente, funcionários da Infraero, com grande experiência – empresa pública considerada em 2011 a 2ª melhor gestora de aeroportos do mundo – serão descartados e substituídos por outros, sem o seu acúmulo. Quem assegura que isso não poderá afetar inclusive a segurança de passageiros e tripulantes?

Apesar do foguetório, não há ‘céu de brigadeiro’ previsível, e sim muitas zonas de turbulência…

Infraero bancará 49% dos 24 bi “arrecadados” com privatização

Sociedade alivia grupos privados que, além de 51% do controle dos aeroportos, têm garantido metade das outorgas pela estatal

A privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e
Brasília se mostrou, sob todos os aspectos, um tremendo prejuízo para o país. Além de repassar o controle para grupos privados dos aeroportos mais rentáveis, junto com o Galeão, a privatização ainda vai obrigar a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) a bancar 49% do pagamento das outorgas de R$ 24,535 bilhões. Ou seja, a estatal vai desembolsar cerca de R$ 12 bilhões para perder o controle desses aeroportos.

Segundo informou a própria Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os valores serão pagos pelas três sociedades de propósito específico (SPEs) – empresas privadas -, formadas pelos consórcios vencedores dos leilões de cada aeroporto, com 51% do controle, e a Infraero com 49%: “A Infraero só é impactada pelo pagamento da contribuição quando da aferição dos resultados da concessão. Logo, os pagamentos das contribuições são devidos pela concessionária e deverão sair de seu caixa, independentemente de sua composição societária”.

A partir de 2013, o pagamento do valor do leilão será efetuado em parcelas anuais ao longo dos diferentes prazos de concessão, corrigidas pelo IPCA, ao Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). Os recursos sairão das receitas geradas nos aeroportos, advindas de tarifas cobradas de companhias aéreas e de passageiros, estacionamentos, hotéis e aluguel de lojas. Ou seja, dessas receitas, primeiramente serão pagas as parcelas das outorgas e de investimentos, para depois se distribuir os lucros. Contudo, ao vender os aeroportos mais lucrativos corre-se o risco de o Estado brasileiro ter de injetar dinheiro nos aeroportos que não são lucrativos, 55 ao todos, bancados atualmente pelos 12 que dão lucro, entre os quais os três já privatizados.

Com o dinheiro da Infraero já garantido, uma vez que o edital da Anac estabeleceu que a estatal entraria com 49% dos recursos, os consórcios se sentiram livres para elevar as ofertas pelos aeroportos, com preços mínimos para lá de subavaliados. Assim, a Invepar – formada pela OAS e os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef, juntamente com a estatal sul-africana ACSA - adquiriu o aeroporto de Guarulhos por R$ 16,213 bilhões, cujo preço mínimo era de R$ 3,4 bilhões.

O aeroporto de Brasília foi empalmado pelo consórcio formado pelo grupo Engevix e pelo argentino Corporación América, por R$ 4,5 bilhões, que tinha um preço mínimo fixado em R$ 582 milhões. Viracopos foi açambarcado pelo consórcio formado pela Triunfo Participações, UTC Participações e a francesa Egis Airport Operation por R$ 3,8 bilhões, com preço mínimo de R$ 1,5 bilhão.

É bom registrar que a Infraero não participou dos leilões, não fez lance nenhum e ainda terá que arcar com o ensalsado ágio médio de 347% na privatização dos aeroportos.

Em resposta uma reportagem da revista Veja, a Infraero demonstra que não havia necessidade nenhuma em privatizar os aeroportos, que teve como um de seus pretextos a realização da Copa do Mundo. Diz a estatal que estavam previstos investimentos “da ordem de R$ 6,4 bilhões – constantes do PAC - até 2014 em aeroportos relacionados com a Copa-2014 e demais aeroportos”.

Sobre a acusação da revista de que o Estado brasileiro não teria “capacidade nem recursos em volume suficiente para custear as obras de ampliação dos aeroportos já existentes e para a construção de novos”, a Infraero afirmou: “É, no mínimo, controverso afirmar que o Estado brasileiro não tem capacidade para construção de novos aeroportos no ritmo exigido pela demanda atual e futura, se a Rede existente foi totalmente construída por este mesmo Estado, por meio da mesma Infraero. Por outro lado, não há falta de recursos, que estão assegurados para os investimentos a curto, médio e longo prazos”.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA), Francisco Luiz Xavier de Lemos, “a questão dessas privatizações é que toda a rede Infraero que é composta por 67 aeroportos, 83 grupamentos de navegação aérea, diversos terminais de carga, tudo isso é garantido sem aporte nenhum do governo, é tudo com recurso próprio, da própria Infraero. E só 12 aeroportos brasileiros são lucrativos”.

No mundo, 85% dos aeroportos são administrados pelo Estado. A Infraero é a segunda maior operadora de aeroportos em número de terminais e terceira em número de passageiros.

Para viabilizar os leilões, os aeroportos de Cumbica (Guarulhos), Viracopos (Campinas) e Juscelino Kubistchek (Brasília) foram incluídos no Programa Nacional de Desestatização (PND), através do O Decreto nº 7.531/2011.

VALDO ALBUQUERQUE - JORNAL A HORA DO POVO

Continue lendo >>

APUBLICA CONVERSA COM Mr. DOPS


Trecho da conversa:"Bonchristiano é um dos poucos delegados ainda vivos que participaram desse período, mas ele evita falar sobre os crimes. Prefere soltar o vozeirão para contar casos do tempo em que os generais e empresários o tratavam pelo nome. Roberto Marinho, da Globo, diz, “passava no DOPS para conversar com a gente quando estava em São Paulo”, e ele podia telefonar a Octávio Frias, da Folha de S. Paulo “para pedir o que o DOPS precisasse”. Quando participou da montagem da Polícia Federal em São Paulo, conta, o fundador do Bradesco mobiliou a sede, em Higienópolis: “Nós do DOPS falamos com o Amador Aguiar ele mandou por tudo dentro da rua Piauí, até máquina de escrever”.
Fonte : APUBLICA

Continue lendo >>

Estagiários são demitidos por protestarem contra Alckmin


Integrantes da Fundação Seade, vinculada ao governo do estado de São Paulo, perderam o trabalho por gritarem “Pinheirinho” e “Assassino” ao governador

Fonte:Brasil de Fato

Continue lendo >>

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

PALESTINA E ISRAEL



"Judeu israelense":-São mais radicais que a mídia israelense em relação à Questão Palestina, falou. Essa mídia me lembra o comportamento da mídia nazista durante a perseguição aos judeus". Ele estava se referindo a velha imprensa brasileira.
Fonte: blog do Georges Bourdoukan

Continue lendo >>

Continue lendo >>

Continue lendo >>