sábado, 2 de julho de 2011

Impasse persiste e NBA entra em greve ‘às avessas’; entenda a paralisação



Após meses de reuniões e conversas, jogadores e proprietários de franquias não entraram em acordo sobre um novo acordo coletivo de trabalho. Novos encontros estão programados para as próximas semanas, mas a NBA está oficialmente paralisada até que o conflito termine.

Enquanto o impasse segue longe de um final feliz, o UOL Esporte mostra a causa e as consequências da paralisação na principal liga de basquete do mundo.

EQUIPES QUEREM CORTAR SALÁRIOS, ATLETAS REJEITAM: MOTIVO DO IMPASSE

Atletas

A redução de 30% nos salários proposta pelos donos de franquias foi totalmente rejeitada pelos jogadores, que recebem em média US$ 5,7 milhões por ano. O aumento de receitas de transmissão no último ano é utilizado como argumento para rebater qualquer reajuste.

“Obviamente o relógio está correndo no que diz respeito se haverá ou não perda de jogos”, disse Billy Hunter, representante dos atletas. NBA e franquias

Cortar gastos é a ordem das franquias da NBA para a próxima temporada. De acordo com o comissário da liga, David Stern (foto), 22 dos 30 times estão no vermelho. O prejuízo em 2010- 2011 chegou a US$ 300 milhões, o que obrigou os proprietários a ‘apertarem os cintos’.

“Não estamos perto [de um acordo]. O que me preocupa é que realmente não estamos perto”, afirmou David Stern.

LOCAUTE: UMA GREVE ÀS AVESSAS ATINGE A NBA

A atual paralisação na NBA é chamada de lockout (locaute, em português), que é uma espécie de greve às avessas. Não são os empregados que pausam suas atividades, mas sim os patrões que os impedem de ter acesso a seus instrumentos de trabalho.

Com isto, ginásios e instalações esportivas ficam fechados e os atletas são impedidos de ter acesso às áreas de treinamento ou às equipes técnicas até que haja um acordo entre as partes.

O QUE É O ACORDO COLETIVO DE TRABALHO?

Atletas e proprietários de franquias discutem um novo acordo coletivo de trabalho. São as regras que definem a relação entre as partes nos próximos anos, como o teto salarial, os procedimentos para negociações e os critérios para enquadrar os atletas nas faixas salariais. O acordo anterior, formulado em 1999 e revisado em 2005, venceu na última terça-feira.

OS IMPACTOS DA PARALISAÇÃO NA NBA

Temporada 2011-12 em risco

O Dallas Mavericks pode não ter a chance de defender seu título da NBA no próximo ano. Com a paralisação, toda a temporada 2011-12 corre o risco de não acontecer, caso atletas e patrões demorem para entrar em um acordo.

Se o novo contrato coletivo for firmado com atraso, existe a possibilidade de redução de jogos na fase regular e a não realização do All-Star Game em 2012.
Seleções sofrem para ter atletas

A paralisação na NBA também tem influência nas seleções. Com a pausa, o valor dos seguros de saúde obrigatórios dos atletas dispara e torna-se inviável para ser pago pelas equipes nacionais.

Visando a disputa da Eurobasket e do Pré-Olímpico das Américas, as seleções ainda buscam firmar um seguro coletivo que lhes permitiria contar com os atletas que atuam na liga norte-americana.

Êxodo de atletas para outros países

Os contratos dos atletas com a NBA ficam suspensos durante o período de paralisação. Com isto, vários jogadores estudam atuar em outros países enquanto durar a pausa na liga.

Até mesmo o Brasil pode receber alguns atletas da NBA. Leandrinho afirmou que pretende voltar ao país enquanto a crise durar no basquete dos Estados Unidos.

PARALISAÇÃO NÃO É NOVIDADE NA NBA

Esta não é a primeira vez que ocorre um locaute na NBA. Em 1998, atletas e proprietários entraram em conflito e toda a temporada correu o risco de ser cancelada. Após longa negociação, as partes entraram em acordo em janeiro e a fase regular teve que ser reduzida a apenas 50 jogos por time (normalmente cada equipe faz 82).

Outras ligas dos Estados Unidos também já sofreram com problemas parecidos. Em 2004-2005, toda a temporada do hóquei no gelo foi cancelada. Atualmente a liga de futebol americano (NFL) está paralisada pelo mesmo motivo, mas a pausa ainda não afetou o início da próxima edição.

fonte: http://esporte.uol.com.br/basquete/ultimas-noticias/2011/07/01/entenda-os-motivos-da-greve-na-nba.htm

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